segunda-feira, 9 de maio de 2016

Líder do MBL responde a mais de 60 processos e deve R$ 4,9 mi, diz jornal



O Movimento Brasil Livre (MBL), entidade civil criada em 2014 para combater a corrupção e lutar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) parece estar enfrentando problemas com a justiça. Renan Antônio Ferreira dos Santos, um dos três coordenadores nacionais do grupo, é réu em pelo menos 16 ações cíveis e mais 45 processos trabalhistas. De acordo com o UOL, Renan nega as irregularidades. 
Desde fechamento fraudulento de empresas, dívidas fiscais, fraude contra credores, calote em pagamento de dívidas trabalhistas e ações de danos morais, as acusações chegam a um total de R$ 4,9 milhões. O movimento ainda está sofrendo uma ação de despejo de sua sede nacional, na região do centro de São Paulo. O MBL se recusou a deixar o imóvel mais de um ano após o pedido de devolução por parte de seu proprietário.   
O imóvel e o aluguel estão em nome irmã de Renan Santos, Stephanie Santos. No local também funciona a produtora de vídeos NCE Filmes, liderada por Stephanie e seu outro irmão, Alexandre Santos, que é responsável pela produção de todo material gráfico e de vídeo do MBL.  
Renan, de 32 anos, é o coordenador mais velho do movimento, que é formado, em sua maioria, por jovens de formação liberal. Ele e seu irmãos respondem por, pelo menos, 16 processos na área civil, que juntas, somam mais de R$ 3,4 milhões. 
Na maioria dos casos, o tempo para a empresa se defender já passou, e a cobrança que está sendo realizada na Justiça não tem resultado porque os tribunais não encontram valores nem nas contas das empresas, nem nas de seus proprietários.  O coordenador do MBL admite que está devendo, mas alega que se tratar de pendências advindas de sua atuação como empresário. A Martin Artefatos de Metal, empresa de que Renan é sócio, possui 45 processos trabalhistas nos tribunais de São Paulo e Campinas, acumulando condenações que ultrapassam R$ 1,5 milhão. 
Nem Renan nem nenhum outro sócio se manifestaram no processo. Após a condenação, com o início do processo de execução, a Justiça decretou o bloqueio das contas bancárias da empresa, porém não havia dinheiro nelas. Foi decretada, então, a penhora de bens da empresa, que irão a leilão para levantar os valores devidos.

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